domingo, 21 de outubro de 2007

Salvador Puig "Cine Espanhol"

Cine Espanhol
Salvador Puig Antich
Um filme de Manuel Huerga, interpretado por Daniel Brühl. Salvador é um filme chocante, elétrico e ao mesmo tempo triste, pois já sabemos a história do protagonista. A história real do militante, assaltante de bancos e anarquista Salvador Puig Antich, integrante do grupo Movimiento Ibérico de Liberación, cuja execução, em 1974, a última realizada na Espanha com o método do garrote vil, instalou uma polêmica que ajudou a decretar o fim da ditadura franquista e o retorno da democracia ao país. O filme acompanha as desesperadas tentativas da família, dos colegas e dos advogados de Salvador para evitar sua execução. O roteiro é baseado no livro Compte Enrere, do jornalista espanhol Francesco Escribano. Esse filme mostra enlaces de outras ditaduras como a chilena, que antes de vê-lo vi outro incrível filme-documentário chamado "La Batalla de Chile".


O filme segundo seu realizador, está baseado em "fatos reais" rigorosamente documentados que aconteceram em um período recente da história espanhola, no fim do "franquismo", a ditadura do General Franco, uma etapa relativamente virgem do ponto de vista cinematográfico. Isso permite uma recuperação do cenário sociológico que apela a uma memória coletiva, tanto dos que viveram naquela época como também do público jovem que pode encontrar elementos de identificação com o personagem, a quem verão como um rebelde com causa, amante de uma vida que vivenciou, lutando com todas suas forças contra a injustiça, a mediocridade e o conformismo. Nesse sentido, o filme é um novo e contudente legado contra a pena de morte.



A História do real Salvador Puig
Salvador Puig Antich (Barcelona, 1948-1974) foi um anarquista espanhol, ativo durante a década de 60 e começo dos anos 70, que morreu executado pelo regime franquista, depois de ser julgado por um tribunal militar, acusado do assassinato do sub-inspetor da "Brigada Político Social Francisco Anguas Barragán en Barcelona" que morreu devido ao tiroteio em que o culpado seria Puig Antich, nesse local ele foi capturado e logo condenado a morte pelo fato ocorrido. Filho de uma família trabalhadora, Salvador era o terceiro de seis irmãos. Seu pai, Joaquín Puig, foi militante do "Acció Catalana" durante a república. Exilado na França no campo de refugiados de "Argeles", foi condenado a morte quando volto ao seu país natal e indultado no último momento. Salvador estudou no colégio religioso "La Salle Bonanova" até que foi expulso por indisciplina. Aos dezesseis anos, no Instituto Maragall conheceu Javier Garriga e os irmãos Solé Sugranyes, Oriol e Ignacio, todos futuros companheiro no "Movimento Ibério de Liberación" o "MIL".

Os episódios do Mayo Francês em 1968 foram decisivos para que Puig decidisse entrar na luta contra a ditadura franquista. Sua primeira militância seria nas plataformas de "Comisiones Obreras", formando parte da "Comisión de Estudiantes" do Instituto Maragall. Depois de iniciar seus estudos universitários de Ciências Econômicas, presta o serviço militar em Ibiza, onde foi destinado a enfermaria do quartel. Depois de sua dispensa, se incorpora ao MIL e entrando na luta armada. Participa fortemente nas ações do grupo, geralmente realizando assaltos a banco. Tais assaltos se destinavam a publicar os manifestos e ações clandestinas do grupo e ajudar aos companheiros detidos. Puig e seus companheiros se moviam com facilidade no mundo da luta clandestina e viajavam com freqüência ao sul da França, onde se relacionaram com velhos militantes cenetistas.



Algumas cartazes de Salvador e Trecho do Filme..

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